:: NÚCLEO DE INVESTIGAÇÃO EM AGRICULTURA SUSTENTÁVEL ::
Apresentação
O Núcleo de Investigação em Agricultura Sustentável visa desenvolver e ampliar um significativo património de saberes já acumulados, quer no domínio da valorização dos recursos naturais, quer no domínio das tecnologias de produção animal e vegetal, potenciando a experiência consolidada no Instituto Politécnico de Portalegre, em ordem a responder aos novos desafios e oportunidades de investigação científica e tecnológica projetados para a região.
Objetivos
Gerais
Desenvolver investigação aplicada e transferência dos resultados obtidos para o tecido produtivo, com particular incidência nos sistemas culturais típicos da bacia mediterrânica, a par do estudo de novas soluções culturais integradas e a procura de novas produções de elevado valor, que garantam viabilidade ecológica, económica e social para a agricultura mediterrânica. Na área da tecnologia Veterinária, são objetivos genéricos investigar e transferir conhecimento nas áreas da alimentação e sanidade animal, com particular incidência nas raças autóctones, nas quais se encontra ainda um enorme potencial de desenvolvimento.
Especificos
Na área da Agricultura Sustentável
-Investigação em produções tipicamente mediterrânicas como o olival e a vinha. Nesta área estudaremos aspetos que vão desde a tecnologia cultural, passando pela transformação agroindustrial até á valorização agronómica dos subprodutos destas produções. Este objetivo integra-se diretamente no plano estratégico de desenvolvimento do Instituto Politécnico de Portalegre, que visa diferenciar-se pela especialização em temas e cultivos típicos da região onde se insere. No caso do olival toca a região do Nordeste Alentejano tem elevados pergaminhos nesta cultura, sendo os Concelhos de campo Maior e Elvas reconhecidos a nível Nacional como dos principais concelhos oleícolas do país. Acresce que se localiza em Elvas a Ex- Estação de Olivicultura nacional, atualmente integrada no Instituto Nacional de Investigação Agrícola e Veterinária, importante casa de investigação aplicada com mais de 6 décadas de história, com a qual colaboramos em vários projetos e com a qual pensamos vir a estabelecer uma parceria estratégica visando o aumento de massa critica para trabalharmos nesta área. Importante referir que o Alentejo possui hoje em dia 60% da área de olival a nível nacional, sendo responsável pela produção de 71% do azeite que o nosso país produz. Na área da vinha, o Alentejo é, sem qualquer sombra de dúvida, a região que mais evoluiu qualitativa e quantitativamente em termos de produção de vinho. É uma cultura estratégica, de elevado retorno económico, possuindo o Norte Alentejano uma região demarcada, região demarcada de Portalegre, pelo que a investigação nesta área, como forma de dar resposta a um tecido empresarial ativo e evoluído se afigura como essencial. Nesta área possuímos parcerias de longa data com a ATEVA (Associação Técnica para a área da vinha e do vinho) e com várias cooperativas vinícolas e produtores individuais. Esta atividade insere-se ainda diretamente na nossa área de formação, uma vez que já oferecemos um curso técnico profissional na área da Produção de vinha e vinho;
- Investigação na área do regadio. O aumento da área regada no Alentejo merece da nossa parte o desenvolvimento de trabalho nas áreas da tecnologia do regadio e dos impactos desta prática na sustentabilidade dos agro-sistemas mediterrânicos. O Alqueiva já é uma realidade e chega até à nossa área de intervenção direta. Contamos entre os parceiros para investigação nesta área as associações de regantes, com as quais temos desenvolvido muito e importante trabalho, com a FENAREGA (Federação das Associações de Regantes) e como COTR (Centro Operativo de Tecnologias do regadio) do qual a Escola Superior Agrária de Elvas é sócia desde o primeiro momento. É dado significativo, o facto que mesmo sem a existência formal deste núcleo de investigação a Escola Superior Agrária de Elvas ter organizado no passado mês de Junho o Congresso Nacional da Rega;
- Desenvolveremos investigação da área das novas culturas, nomeadamente nas plantas aromáticas e medicinais. Culturas em que a região tem tradição e potencial, sendo neste momento culturas de elevado valor acrescentado. Um dos nossos objetivos é a procura e o estudo de culturas alternativas para o enorme perímetro de rega que nos está a nascer à porta, este objetivo insere-se diretamente naquilo que se encontra preconizado no plano estratégico de desenvolvimento do Politécnico e encontra-se ainda espelhado como área prioritária no novo quadro comunitário de apoio naquilo que concerne ao desenvolvimento rural e sustentabilidade;
- Procuraremos desenvolver trabalho científico na área da conservação de recursos genéticos, quer vegetais quer animais, potenciando as variedades endógenas como fonte de variabilidade genética para futuros processos de melhoramento. Nesta área contamos com uma parceria que temos praticamente desde o início da existência da Escola e temos paulatinamente vindo a desenvolver e a criar maior entrosamento, falamos da parceria com a Ex-Estação Nacional de Melhoramento Plantas, atualmente centro do INIAV para os recursos genéticos e melhoramento de plantas. Esta parceria permite a participação em projetos de ambas as instituições, a partilha de equipamento essencial, mas, sobretudo, o aumento de massa critica nesta área do conhecimento. Estas duas Instituições há muito que trabalham em conjunto e necessariamente deverão continuar a fazê-lo com o objetivo de se tornarem uma referência nesta área;
- Investigaremos a utilização das mais recentes tecnologias aplicadas a todos os pontos referidos anteriormente. Aspetos como a agricultura de precisão, a condução assistida por GPS ou a utilização de SIG no mapeamento das mais diversas características edafoclimáticas e produtivas serão tidos em conta. Nesta área possuímos algum historial, tendo sido a ESAE das primeiras instituições a dedicar-se a este tipo de desenvolvimento, com alguns dos seus investigadores a doutorarem-se nesta área. Nesta área em particular as parcerias que nos merecem destaque são as estabelecidas com a Universidade de Évora, através da área de mecanização agrícola e com o Instituto Superior de Agronomia – Universidade de Lisboa, através do seu departamento de produção agrícola. Existem também várias parcerias com empresas que comercializam este tipo de produtos, que conduziu, por exemplo, à organização de dois seminários recentemente sobre esta temática, um em Évora e outro na Feira da Agricultura em santarém. Esta área é também para nós importante desenvolver, dado que se trata de uma área muito promissora em termos de prestação de serviços, uma vez que sendo uma tecnologia nova, à pouco Know-How sobre o tema no nosso pais, sendo uma área que terá certamente um forte desenvolvimento num futuro muito próximo;
- Na área das ciências Veterinárias, procurar-se-á investigar aspetos de alimentação animal, recorrendo a pastagens multi-diversas e outros sistemas de alimentação animal sustentáveis. Nesta érea daremos particular enfase às raças autóctones, uma vez que representam o melhor que em termos qualitativos temos na região. Neste âmbito, mesmo sem a existência formal do centro, iremos organizar, em conjunto com a Câmara Municipal de Portalegre e algumas associações de criadores o congresso mundial de criação de suínos de raças autóctones em 2016, sendo este o evento mais importante a nível mundial para o setor e que se realiza a cada 3 anos. Apresentamos ainda nesta área o know-how de termos organizado ao longo de várias edições, em conjunto com colegas espanhóis o congresso Ibérico de raças Autóctones. Os parceiros neste objetivo serão sobretudo as associações de criadores, com as quais temos um já longo historial de colaboração e Universidades Portuguesas, como é o caso da Universidade de Évora, ou Universidades Espanholas, onde se contam a Universidade da Extremadura e a Universidade de Córdoba.
- Ainda na área da tecnologia animal, procuraremos desenvolver uma linha na área da utilização de pastagens de composição específica como forma de melhorar a sanidade animal. É uma linha de investigação inovadora baseada em saberes ancestrais e que visa estudar a influência da composição florística das pastagens na incidência de algumas parasitoses animais. A procura de parceiros ter-se-á de fazer casuisticamente para cada uma das espécies em análise, havendo contudo um enorme interesse por parte das diferentes associações de criadores nesta área, sobretudo para os produtores em Modo de Produção Biológico, pelo que as associações desta área também serão potenciais parceiros;
- Desenvolveremos investigação na área da sanidade animal, pequenos animais e espécies pecuárias, com o objetivo de promover o bem-estar animal nas suas várias vertentes. Tema muito pertinente, para o qual contamos com a colaboração de, por exemplo, marcas de produção de alimentos para animais entre outros. Neste momento a ESAE através do seu Núcleo de Formação Contínua oferece já formação em transporte e bem-estar animal, área a fomentar e com notório interesse no que respeita à prestação de serviços;
- Tipos particulares de modo de produção, entre os quais a proteção integrada, a produção integrada e o modo de produção biológico serão alvo dos nossos estudos, enquanto sistemas de produção sustentáveis e suscetíveis de gerar mais rendimento para o agricultor. Serão parceiros privilegiados as Associações que representem estes tipos de agricultura. Também nesta área a ESAE vem oferecendo formação e cursos técnicos nestes distintos e específicos modos de produção, sendo também uma área onde, sem entrar em competição com empresas privadas, poderemos ser prestadores de serviços. Nesta área convém ainda realçar que a investigação se apresenta como fundamental para nós, uma vez que a ESAE vem desenvolvendo ao longo dos últimos 8 anos um curso de mestrado em Agricultura Sustentável, cuja creditação está permanentemente dependente de ter uma investigação credível, aplicada e com produção científica comprovada na área;
- Na área Florestal, dando seguimento ao nosso objetivo de investigação intimamente relacionada com os ecossistemas mediterrânicos, privilegiaremos o estudo das espécies mais características desta região, como o sobreiro e a azinheira. Nesta área pensamos evoluir no sentido de termos uma investigação sustentável nesta área, uma vez que pretendemos dinamizar um curso Técnico Superior na área da produção Agro-Florestal. Contamos aqui com parcerias importantes como sejam as Associações de Produtores Florestais da região ou inclusive a empresa dominante do setor corticeiro no nosso pais, que já demonstrou interesse, quer nesta formação quer no desenvolvimento de investigação Aplicada na área.
Linhas de Investigação
Linhas
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Responsáveis
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Valorização dos recursos naturais
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José Manuel Rato Nunes/Luís Carlos Loures
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Tecnologias de produção animal e vegetal
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Carolina Silva
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Equipa de investigação
Coordenação
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- José Rato Nunes -
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- Luís Loures -
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Membros integrados
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- Ana Cordeiro - Carla Barreto da Silva - Carolina Silva - Francisco Luís Mondragão Rodrigues - José Rato Nunes - Laura Hurtado - Luís Alcino da Conceição - Luís Loures - Márcia Oliveira - Maria da Graça Pacheco de Carvalho - Maria José Varadinov - Noémia do Céu Machado Farinha - Orlanda Viamonte Póvoa - Paulo Ferreira - Rute Guedes dos Santos
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Membros colaboradores
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- Ana Maria Batista - Carlos Santana - Lina Costa - Luísa Raimundo - Maria Luísa Murta - Maria Paula Rasquilha - Miguel da Gama Minas - Patrícia Pires - Susana Carrega - Susana Saraiva Dias
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